quinta-feira, 27 de março de 2008

Nenhures de Daniel Jonas, ou A Banana de Paranoid Park

Estreia hoje no Teatro Carlos Alberto o espectáculo "Nenhures" de Daniel Jonas. Ontem fui ver o ensaio geral. A peça não tem um enredo simples e determinado. Trata-se mais de uma amálgama de gestos, música e poesia, tudo numa misturadora dos sonhos de um lugar: "nenhures". Desvarios de um dramaturgo com seus alter-egos em palco brincando com as palavras e os encontros. Daniel Jonas é um poeta novo, com uma linguagem luxuriante e brincalhona. Conheço a poesia dele há pouco tempo. Uma vez estava a ver no cinema o Paranoid Park do Gus Van Sant e o Daniel Jonas estava sentado dois lugares ao lado. Ouvi-o comentar uma música de Elliot Smith. À saída do cinema vi-o a comer uma banana que levava no bolso. Este acontecimento e a imagem dele a comer a banana levou-me a querer conhecer mais a sua poesia, pois os poetas conhecem-se nos detalhes. E posso dizer que a banana foi um bom augúrio, trata-se de um bom poeta. Como dramaturgo, esta estreia dele promete. Se não tiverem sítio para onde ir, já sabem: "Nenhures".

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