Tenho andado ocupado com afazeres académicos, pelo que venho aqui hoje limpar as teias de aranha dos cantos do blog e expressar o meu contentamento por saber que fiquei empatado em primeiro lugar do concurso Talentos Pessoanos da Universidade Fernando Pessoa, na modalidade de poesia com o trabalho "Bolas de Sabão".
Este trabalho é constituído por uma selecção de cinco poemas, sendo cada um deles considerado uma “bola de sabão”. As bolas de sabão não são objectos mas sim acontecimentos.
Uma bola de sabão quando se desfaz, fica com a sua parte de dentro virada para fora, ou seja, do tamanho do mundo, embora os nossos olhos ocultem o surgimento deste gigantesco nada.
Estes poemas são momentos de vida arrancados da cadeia infinita de causas e consequências a que chamamos tempo e que, virados ao contrário, se reterritorializaram nestas “Bolas de Sabão”.
Recebo esta notícia pouco tempo depois do meu aniversário, dia 9 de Maio. Há cerca de três anos, também no dia 9 de Maio de 2005, escrevi o seguinte poema que faz parte deste trabalho:
quanto vale
um belo poema
que não escrevi?
quanto vale
um sonho meu
sem tradução?
talvez tanto
como bolas de sabão
vendidas ao quilo,
talvez tanto
como um dia perfeito
passado sozinho.
quinta-feira, 15 de maio de 2008
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