Vi a notícia espampanante de que o Jerónimo de Sousa tinha pedido o Bloco de Esquerda em namoro. Fui ver mais de perto as notícias divulgadas por "Jornal de Notícias" e "TSF" e outros contadores de histórias onde já diziam que a "aliança de forças progressivas de esquerda" não se referia explicitamente ao Bloco de Esquerda. Entretanto, Jerónimo de Sousa desmentiu tudo.
Já que a classe jornalística dominante em Portugal está altamente enviesada ideologicamente pois não sabem ouvir e ler português convenientemente, eu aqui posso dar em primeira mão de que necessária aliança das forças progressivas de esquerda é que o Jerónimo estava a falar. Não é nada de novo, é aliás muito parecido com que um sociólogo francês e um cantor português cantaram e escreverem há muito tempo, o primeiro em 1976 e o segundo em 1979
"Há que atirar Mauss contra Mauss, Sausurre contra Sausurre, Freud contra Freud"
Jean Baudrillard em "Troca Simbólica e a Morte", 1976
"E zás, enfio-te o Manuel Alegre no Mário Soares, zás, enfio-te o Ary dos Santos no Álvaro de Cunhal, zás, enfio-te o Zé Fanha no Acácio Barreiros, zás, enfio-te a Natalia Correia no Sá Carneiro"
José Mário Branco em "FMI", 1979
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3 comentários:
E desse conflito dialéctico há-de surgir uma síntese que eleva a política, e o mundo já agora, a outro patamar de excelência. Ou estou a ser muito hegeliano?
Não, não estás a ser muito hegeliano. Quando se é hegeliano, é-se sempre em exagero.
Ó hegelianos, dêem espaço para os anti-dialécticos ;-)
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